English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Cristãos Católicos X Cristãos Protestantes



Em 1911 o “Vice-Prefeito” de Mato Grosso de Batataes é o Padre Jonas Lopes do Prado, que largaria a batina e se casaria com uma protestante, a jovem “Jóia Battela”. Um escândalo sem precedentes para a época. Mas o Padre Jonas era um emprendedor e marcaria época na Vila de Mato Grosso. Logo ele Inauguraria o antigo matadouro (perto da Estrada de ferro e do córrego Mato Grosso). Na família Battela também destaca-se o industrial José Batela, que, além de outros empreendimentos, possuía uma pequena fábrica de macarrão, bebidas e sabão. Dentre os feitos mais importantes, construiria o Cine-Theatro Guarani que, mais tarde, revelaria o grupo de atores denominado "Grêmio Dramático Coelho Neto", servindo ainda o local para outros eventos.


Em 1912 chega o licenciado em teologia Teodomiro Emerique ordenado Pastor em 1913. Nesta época foi iniciado o primeiro templo protestante, no local onde se encontra o atual, que só seria reconstruído 23 anos depois.

1912 - A companhia Francana de Força e Luz, em 19 de Abril de 1912, pede doação de um terreno (hoje Rua Campos Sales), naquele tempo Praça do Rosário, com objetivo de construir um escritório (no mesmo local onde hoje se encontra a CPFL). A paróquia seria compensada com energia gratuita para a Matriz e casa Paroquial.



1913 - Em 1913 desapareceram os lampiões a gás, com a inauguração da Luz elétrica nas ruas, 75 lâmpadas, no dia 17 de julho. No dia seguinte 18 de julho, foi inaugurada uma empresa de ônibus de Mato Grosso a Batatais.
O progresso neste período é marcante: cinema, banda de musica, ainda que sem precisarmos, o telefone chegou antes da energia.


Vejamos a chegada a Município.

Com a criação do jornal “O progresso” de Simplício Ferreira (1912), proprietário, e, Oscar Olympio de Barros (escrivão de Paz), diretor, a luta pelo progresso e emancipação, tornou-se acirrada, esperada para 1913, já com a participação de Sylvio Ribeiro da Silva, um jovem estudante do Instituto Mackenzie, na capital.
Mato Grosso, entre outros, oferecia melhores condições para emancipação, mas, por fatos políticos, bem descritos por Sylvio Ribeiro, não Conseguiu.



1914 - Em 1914 começou a funcionar o Posto Policial em prédio próprio, sendo o terreno doado ao Estado pela Igreja. Hoje é conhecido por “Cadeia Velha”, e fica na Rua Major Garcia nº 376.
1914 - Neste mesmo ano de 1914, ficou também terminado o prédio das Escolas Reunidas, hoje Prefeitura Municipal, na Rua Major Garcia, nº 144, com terreno também cedido ao Estado pela Igreja.
Foi organizada neste mesmo ano, a Igreja Presbiteriana de Mato Grosso de Batatais.
A chama da emancipação está acesa - Um diretório reunindo as forças políticas é constituído: Cap. José Esteves Junior, Honório Vieira de Andrade Palma, Cap. José Pio, Francisco Sabia, Vivaldo Alberto da Costa, Mário Josino Meirelles, Antonio Corrêa Lima e Oscar Olympio de Barros.



O jovem estudante do Mackenzie, Sylvio Ribeiro da Silva, foi um dos cérebros da campanha. No jornal O Progresso, de propriedade de Simplício Ferreira, ao mesmo tempo e com pseudônimos diferentes, Conde de Syvarol e Conde de Sysmaia, Silvio Ribeiro da Silva defendia e contestava a emancipação, esclarecia e motivava a população, principalmente as forças políticas de uma comunidade urbana com pouco mais de um mil habitantes e duzentas e poucas moradias, na sua maioria vivendas. Em todo distrito havia em torno de 10.000 habitantes (zona rural e urbana).



Já em 1914, Honório Vieira de Andrade Palma mudara-se para Batatais, onde fora vereador do distrito de Mato Grosso. Como representante do diretório político, colocou em discussão junto à Câmara de Batatais quais as providências jurídicas e políticas necessárias para a emancipação, já que o foro apropriado seria a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. O assunto não logrou êxito de imediato, uma vez que poucas lideranças políticas davam importância ao distrito, uma pequena Vila dista a 5 léguas da comarca.

1916 - Em 1916 o jornal “O Progresso” encerra suas atividades, surgindo em primeiro de janeiro de 1917 “O Imparcial” de Benildo Alves Pinto, orientado por Sylvio Ribeiro da Silva - diretor.
Logo o professor José Candido Júnior organizaria o jornal “A Revolução”. Lutam insistentemente pela emancipação. Políticos, professores, comerciantes e os imigrantes portugueses, italianos, sírios, que em muito contribuíram com as idéias libertárias que possuíam.


Os requisitos legais para a emancipação já estavam preenchidos há cerca de dois anos, inclusive com abaixo-assinado da população.
O rendimento anual do distrito de Mato Grosso de Batatais excedia a 30 contos de réis. Havia prédios apropriados para Escolas Reunidas, além das casas de Câmara e Cadeia. Funcionavam 3 escolas do sexo masculino e uma do sexo feminino, estando já criados mais duas. O número de prédios excedia 250. Mato Grosso progredia “a olhos vistos”. Estava cotado a ser uma das zonas mais florescentes da grande terra dos bandeirantes. “Pois é justo que Mato Grosso, sendo rico, muito rico, possuindo todos os requisitos que se exige para ser emancipado...
(artigo no jornal O Imparcial, 1917)


10 comentários:

  1. Excelente trabalho sobre a história da cidade em seu entorno.
    Parabens a Prefeitura de Altinópolis e seus colaboradores.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Este Blog é um trabalho de minha autoria e sem qualquer patrocínio, principalmente da prefeitura municipal, a qual não possuo qualquer vínculo. Já vi citações sobre matérias de minha autoria atribuídas à ela, a prefeitura, mas devo salientar que prefeitura não escreve, não conversa, não lê e não ama. Cabe aos homens fazê-lo.
      José Marcio Castro Alves

      Excluir
    2. Obrigado, José Márcio por seu trabalho. Vivi durante um ano em Altinópolis, na casa de meu tio Antônio Barreiros, cuja esposa Isolina Hayde era irmã de minha mãe, Iracema Zoraide Battella Xavier. Portanto, sou o último neto de José Battella. Contato batellaxavier@uol.com.br

      Excluir
  2. Deixando a História de lado, foi muito bom saber notícias sobre meu bisavô Jonas Lopes do Prado. Lembro da festa de 90 anos da bisa Jóia. Pena que não cheguei a conhecer meu biso Jonas...
    Ab. Aidil Prado

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ola Aidil Prado. Quem é seu avô? Jonas, Jeter ou Josué. Fui muito ligado ao Jarbas, a tempos estarmos distantes. Sou filho de Sylvio De Oliveira Xavier e Iracema Zoraide Battella Xavier. Sua bisavó, Minha querida tia Joia morou com minha família por muitos anos. Entre em contato comigo. batellaxavier@uol.com.br.

      Excluir
    2. Sou bisneta da Isolina battela

      Excluir
  3. José. Márcio , parabéns pelo trabalho de pesquisa . Meu pai se emocionou lembrando sua infância em Altinopolis e revendo foto de seu pai Simplicio Ferreira que foi personagem importante na história da cidade.
    Mary Ferreira Mello. Ribeirão Preto , 15 de Novembro de 2014

    ResponderExcluir
  4. Aidil, boa noite! Somos parentes distantes. Sua bisavó Jóia, irmã de Clari e Zoraide, eram tias do meu pai (René Barreiros), filho de Isolina, casada com Antônio Barreiros. Você é filha e neta de quem? Estamos a procura de documentos de Marianna Battella. Me chamo Regina Barreiros e aguardo seu contato.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ola! Regina Barreiros. Eu sou o Silvinho. Silvio Batella Xavier. Filho de Sylvio de Oliveira Xavier e Iracema Zoraide Battella Xavier. Você e seu irmão, sua mãe e o Rene seu pai, estiveram no sítio em Dona Catarina. Somos primos. Também estou interessado em conseguir o atestado de óbto de nossa avó. Entre em contato comigo. batellaxavier@@uol.com.br

      Excluir
  5. Oscar Olympio de Mattos Barros foi meu tio-bisavô, casado com Benedicta Alves de Brito Barros. Ambos foram padrinhos de batismo do meu avô, Geraldo Caetano Alves de Brito em 1910, em Buquira-SP, atual Monteiro Lobato.

    ResponderExcluir